quarta-feira, 13 de abril de 2011

"Sou eu que não posso me substituir"

Míriam Santini de Abreu

Os dias andam corridos, e eu, às vezes, no almoço, tenho tempo apenas de comer pão com manteiga, queijo e presunto, e entro no trabalho atabalhoada, com a roupa cheia de farelo e os dedos lambuzados. São duas da manhã agora, e uma lua crescente, escandalosa, exibida, está a Oeste, amarela, linda. E enquanto trabalho escuto Sting, presente de e-mail de Fernando Karl, colaborador da P&N. Nessas horas, ao ouvir Every Breath You Take, penso em parte da letra:

Em cada suspiro que você der
Em cada movimento que você fizer
Em cada elo que você quebrar
Em cada passo que você der
Estarei te observando

Em cada dia
Em cada palavra que você disser
Em cada brincadeira que você jogar
Em cada noite que você ficar
Estarei te observando

Em cada movimento que você fizer
Em cada promessa que você quebrar
Em cada sorriso que você fingir
Em cada direito que você reivindicar
Estarei te observando

Sim, é uma canção de amor. Mas me enlaço toda nessa lua amarela e sei que quem, em cada dia, me observa nos sorrisos, promessas, movimentos, sou agora eu mesma. E amo este trecho:
"Olho em volta, mas é você que não posso substituir". Leva tempo, mas a gente descobre: tudo em volta pode desmoronar, tudo em volta a gente pode amar, tudo em volta. Então olho em volta, mas sou eu que não posso me substituir. E assim me observo, em cada suspiro que dou, nas noites, como diz Sting, em que vou ficar...

http://www.youtube.com/watch?v=OMOGaugKpzs

Um comentário:

elaine tavares disse...

É, amiga.. nem ana, nem ana...