quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Mulheres de 38

Míriam Santini de Abreu

Há umas três semanas fui a um show do Queen cover. Estávamos eu, Pepe, Ju, Má e George. Ju há uns oito anos não saía de casa para uma noitada dessas. Sábado passado eu, Pepe, Má e George fomos ao Bar Drakkar, na Lagoa da Conceição, ouvir a Immigrant tocar clássicos do rock. Lugarzinho surreal. Não dou detalhes porque não enxergo direito, e estava tudo meio penumbroso. Fila para entrar, o ar-condicionado no teto virado numa cachoeira, sem lugar para sentar, mas então estava eu com 18 anos de novo, cabelo pintado de cor cenoura, camiseta do Desacato, botas impermeáveis e jeans justo, justo. O Pepe catou dois drinques, um o Pirata Espacial. Estávamos ali, como disse o George, para provar bebidas estranhas. Saímos lá por duas da madrugada, a aragem fresca envolvendo o corpo. Eu não via a Lagoa desde que as bruxas andavam soltas por ali. Muito tempo. Pedimos xis num bar, espio o cardápio, um deles com carne de soja. Tenho calafrios só de olhar bife de xis feito com guisado. Mas Pepe se espanta: - Carne de soja? Ah, ah, ah!!! – Vê lá dois de carne de verdade!
Agora, enquanto a nossa programação roqueira não oferece novos atrativos, nos preparamos, com caminhada e corrida, para subir o monte Cambirela, ponto culminante da Grande Florianópolis.
Bueno... Que há para se dizer? Prendam as mulheres de 38! Elas enlouqueceram!

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