quinta-feira, 10 de abril de 2008

Para quando eu me tornar um verme...

Jussara Godoi, de Florianópolis

Já ando um pouco cansada de procurar sentido para a existência humana. Estou achando que não somos frutos de nenhum "projeto" divino, portadores de alguma coisa que, ao morrermos, nos transforma em algo melhor ou pior. O pior é que seremos comidos pelos vermes, o resto será lucro! Estou achando que não somos nada além de uma divisão celular. Tal qual a que aprendemos nas nossas aulas de Biologia. Mas como só nós, os Humanos, possuímos essa chance que estudar sobre nós mesmos, seguimos achando que para nós, além do tempo determinado de existência, assim como qualquer outro animal, também resta uma segunda chance. Estou achando que apenas possuímos células diferenciais! Queria tanto acreditar que temos um "alguém" que nos projetou e que estará em algum lugar da "eternidade", esperando pelo dia da nossa morte, para nos dar uma outra vida sem sofrimento. Ah, como eu gostaria de acreditar! Mas não. Tudo o que consigo visualizar é um fim nada agradável para nossos corpos. Que, assim como qualquer outro animal, entrará em decomposição e desaparecerá, consumido pelos vermes. Peço desculpa, caro leitor, por esta a pequena crônica, mas não poderia deixar de expressar minha total desilusão com as expectativas de "vida após a morte". E digo isso com a tranqüilidade de quem não acredita que alguém irá se revirar em algum lugar da "eternidade". Bem, como sei também que estou escrevendo para pessoas com um elevado senso crítico, elas não me darão crédito algum.

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