quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Árvores crescem com o vento


Por Fernando José Karl, de Curitiba

Segunda-feira flagrei a eternidade
na esquina abandonada ao vento.
Vinha silenciosa acima das tumbas,
rente aos ciprestes e altares.

A que lava louça no quintal
imaginou ter sido raptada
pela sombra azul da eternidade.
Árvores crescem com o vento,

vento que nada sabe de pictogramas
impressos em tabuinhas de argila.
A que se banha na ribeira

sonha que sobe ao espaço sideral,
ou descansa se escuta sinos
que a despertam do sono de
não ser.

Um comentário:

Rubens da Cunha disse...

obrigado pela visita ao Casa de Paragens, foi legal vir aqui no blog de vocês e ler Fernando Karl, o cara que me ensinou a escrever poemas :))

ABRAÇOS
rubens